Roxette – Look Sharp (1988)
Salve salve meus queridos leitores do blog AHD, aqui estou Bruno Machado para mais uma matéria e hoje faremos uma viagem ao fim dos anos 80, saudando uma das bandas que mais fizeram o pop se sustentar por décadas, estou falando do Roxette e do disco Look Sharp.
E antes de mais nada adianto à vocês: O Roxette não veio da Terra da Rainha e muito menos da Terra do Tio Sam, os integrantes eram suecos. Aliás, eles não são os primeiros artistas da Suécia a passar aqui, há um tempinho atrás tivemos o ABBA em nosso blog também.
O disco de hoje é o terceiro de estúdio da carreira da banda, e se destaca por ter alguns hits radiofônicos que fizeram com que a banda aparecesse no cenário mundial e passasse a integrar as paradas de sucesso britânicas, americanas e também brasileiras. Batidas eletrônicas, guitarra geralmente tímida – mas nem sempre- e vozes marcantes tornarem-se características típicas do Roxette.
Como citado acima o disco é o terceiro de estúdio da banda, os anteriores tiveram maior destaque no país de origem do grupo, a partir deste álbum o Roxette se firmou no mercado internacional e passou a figurar no mapa do pop. Mas vamos falar sobre as faixas desse grande disco, a primeira é a clássica Look, pode falar a verdade meu caro leitor, você já se deliciou muito com essa música na fita cassete, não? Canção com uma batida seca na batera, um riff de guitarra marcante e um lindo entrosamento das vozes de Marie Kredriksson e Per Gessle.
Posteriormente temos a faixa Dressed For Sucess, outra faixa que se tornou um clássico, mais um pop com batida marcante, destaque novamente pra bateria e pra guitarra, é claro. É aquele tipo de música que todo mundo gosta de cantar junto, uma canção que te envolve e faz você se sentir o próprio artista. E logo depois temos Sleeping Single, também contando com a característica da época, a virada da década de 80 pra 90, ou seja a trinca que inicia o álbum mostra que o Roxette vinha pra ganhar de vez as paradas.
Um fato que marcou demais a carreira do grupo foi o fato de Per mudar constantemente seu visual, mais precisamente o cabelo. Pra quem não era adolescente nas décadas de 70/80 e 90 é importante citar que nessas décadas a mudança no visual entre os cantores era algo normal, assim como a questão das maquiagens pesadas, brincos extravagantes e utilização de sobretudos – que diga o Sr. Paulo Ricardo, vocalista do RPM.
Voltando as faixas, temos Cry, faixa um pouco mais lenta e que conta com um baixo marcante que dá todo o ritmo a música, uma baladinha para você dançar junto com sua parceira (o) bem coladinho pra pular de cabeça na época em que o disco foi gravado. Há um saxofone que também dá o ar da graça na faixa, fazendo com a mesma seja mais romântica. Posteriormente, o disco volta a ter uma pegada mais “balada” com a faixa Chances, alias o toque do teclado lembra muito o jogo Top Gear do Super Nintendo – a matéria hoje ta pura nostalgia, não?
Continuando a falar das faixas, temos Dangerous, pra mim aliás é uma das melhores – se não a melhor – faixa do disco. Aquele tipo de música que marca você, por conta da qualidade sonora e da força da canção. Guitarra que se faz presente – com um solo bem interessante por sinal – aquela batida eletrônica totalmente anos oitenta no meio da música e todo o entrosamento Marie e Per nos vocais.
É legal citar que sempre fomos acostumados a ouvir discos com os hits das bandas que gostamos, com o tempo eu aprendi e muito a apreciar os discos de estúdio de grandes bandas, como o Roxette, pois é desta forma que você consegue entender o conceito da banda principalmente no álbum que você está ouvindo e o que ele significou pra época em que foi gravado. Me surpreendi muito quando ouvi esse álbum pois, nele você meu caro leitor percebe a vontade do grupo de se consolidar no mercado fonográfico, uma alta qualidade na gravação das faixas e também na mixagem, não só de hits se faz uma banda, grandes álbuns de estúdio fazem com que ela nunca seja esquecida e que o nome da mesma fique marcado na história, no caso do Roxette, na história do pop.
Já terminando o disco temos (I Could Never) Give You Up, onde Per Gessle solta mais a voz, tem uma faixa praticamente sua, contando com as perfeitas interseções de Marie Kredriksson, e contabilizamos mais uma balada pra conta, contando com belos solos de violão. E pra fechar o álbum temos uma das maiores canções do grupo: Listen To Your Heart. Talvez a maior parte da carreira do grupo foi centrada nessa música, afinal, quando ela tocava todos sabiam que se tratava do Roxette. Eu acredito que a parte mais marcante da faixa aliás é a introdução, é algo misterioso, um drama que nos deixa na expectativa em relação ao caminho que o teclado vai nos levar…e nos leva até uma forte batida, o resto é história né meus caros?
Bom galera, eu vou ficando por aqui e espero que vocês tenham gostado dessa pequena viagem no tempo, que o pop esteja com vocês meus queridos. Até a próxima!
Faixas do Disco
1 – The Look
3 – Sleeping Single
4 – Paint
5 – Dance Away
6 – Cry
7 – Chances
8 – Dangerous
9 – Half A Woman, Half A Shadow
10 – View From A Hill
11 – (I Could Never) Give You Up
12 – Shadow Of A Doubt
13 – Listen To Your Heart
Ouça o álbum Look Sharp inteiro!